UH nº 126/25 – Auditores-Fiscais da RFB devem seguir com paralisações ao longo da semana. Impactos financeiros superam R$ 15 bi em cinco meses.

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São Paulo, 02 de junho de 2025.

Auditores-Fiscais da RFB devem seguir com paralisações ao longo da semana. Impactos financeiros superam R$ 15 bi em cinco meses.

As atividades de importação e exportação seguem impactadas no início de junho. Para o período entre os dias 2 e 6 de junho, está confirmada a paralisação de serviços aduaneiros no Porto de Santos, conforme anunciado oficialmente pela Delegacia Sindical local. Outras unidades alfandegadas deverão seguir as diretrizes do Sindifisco Nacional, sindicato da categoria.

O Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal em Santos informou a suspensão de serviços como despacho aduaneiro, conferência documental e atendimento presencial. Permanece autorizado o atendimento de cargas essenciais (perecíveis, medicamentos, animais vivos e ordens judiciais), operado por 30% do efetivo exigido por lei para a liberação de cargas perecíveis.

Manifesto nacional reforça tensão institucional – Durante a Reunião de Avaliação Estratégica (RAE) realizada em 29 de maio, em Brasília, delegados das dez Regiões Fiscais da Receita Federal entregaram ao secretário Robinson Barreirinhas um manifesto coletivo, assinado por 182 delegados titulares e adjuntos, expressando rejeição à proposta salarial apresentada pelo Governo Federal.

O documento amplia o respaldo interno à manutenção e intensificação da greve, e sinaliza que novas ações coordenadas devem ocorrer em aeroportos e pontos de fronteira.

Estimativas de prejuízo acumulado (dez/24 a abr/25) – Com base na metodologia de Hummels & Schaur (2012) — amplamente reconhecida por quantificar perdas econômicas decorrentes de atrasos logísticos — o SINDASP atualizou suas estimativas de impacto financeiro para o comércio exterior brasileiro, considerando um câmbio médio de R$ 5,80:

IMAGEM DO UH
cenário conservador reflete a realidade operacional mais próxima dos registros obtidos em terminais, fronteiras e unidades retroportuárias — incluindo armazenagem, demurrage, ruptura de contratos logísticos, entre outros.

Monitoramento nacional em curso – Até o momento, Guarulhos e Viracopos ainda não formalizaram comunicados, mas há indícios claros de que o mesmo padrão de paralisação já vem sendo adotado em diversas outras Regiões Fiscais do país, com impactos crescentes em aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

Facilitação em risco: mobilização do setor privado é urgente – O SINDASP reafirma seu compromisso com a facilitação legítima do comércio exterior e mantém diálogo constante com operadores e lideranças da categoria. Diante do agravamento do cenário, reforçamos o alerta: é essencial que importadores, exportadores e suas entidades representativas se mobilizem institucionalmente, contribuindo ativamente para preservar a fluidez operacional, a previsibilidade regulatória e a segurança jurídica nas aduanas brasileiras.

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